Em Vitória do Mearim, alunos da rede estadual pagam transporte para estudar

O atual governo em Vitória do Mearim, tendo à frente a prefeita Dídima Coelho (PMDB),vem a cada dia mais surpreendendo a população que apostou na candidata em 2016, elegendo a mesma com uma taxa de popularidade um tanto considerável. Porém, a gestora vêm mostrando contrariedades em suas atitudes tendo como base sua campanha, embasada na mudança a partir do momento que assumisse o município.

Conforme informações repassadas a este blog, os alunos matriculados na rede estadual de ensino que residem na zona rural em Vitória do Mearim têm arcado com as despesas de transporte para estudar desde o início do ano letivo de 2017 que deu-se no mês de fevereiro, enquanto os ônibus do município que realizariam tal serviço encontram-se parados em uma casa de shows (foto ao lado). Vale lembrar que, o Governo Federal realiza o repasse dos recursos do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE) diretamente aos municípios por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) conforme nota publicada na página da Secretaria Estadual de Educação. O PNATE possui como objetivo garantir o transporte de alunos da rede pública, residentes em área rural, por meio de assistência financeira, aos estados, Distrito Federal e municípios. Além do repasse do programa nacional, existe ainda um complemento e cooperação para os municípios maranhenses, o Governo do Estado instituiu o Programa Estadual de Apoio ao Transporte Escolar no Estado do Maranhão (PEATE/MA), o qual realiza transferência de recursos financeiros aos municípios que realizam o serviço. O valor repassado pelo Governo do Estado supera 25% ao que o Governo Federal transfere, por estudante, por meio do PNATE.

Na foto aparecem, os cincos ônibus escolares e um Fiat Dobló vermelho, ambos patrimônio da prefeitura municipal de Vitória do Mearim.

A situação foi ainda pautada na última sessão da Câmara Municipal de Vereadores que debateram sobre o assunto e prontificaram-se a auxiliar a população. Diante de tudo isso, existem dois grupos: de um lado, a famílias que possuem condições de custear as despesas e de outro, as famílias que não possui recursos suficientes. Alguns estudantes arriscam-se pela BR 222 de moto ou até mesmo pedindo caronas aos motoristas que percorrem o trecho.

Outra dúvida freqüente da população refere-se às aulas da rede municipal de ensino, que até o momento não tiveram início, já são 4 meses desde o fim do ano letivo de 2016. As escolas ainda permanecem com a estrutura que a gestão anterior entregou, onde as mesmas ainda não passaram por reparos e manutenção nas partes interior e exterior. Ainda com base no repasse de informações, professores em uma determinada escola do município realizaram o que chamamos de “vaquinha” para a compra de um gás de cozinha, com o intuito da preparação de lanches com o início das aulas, que até o momento não tem previsão para início.